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JMJ
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Como acontece a JMJ?

03-09-2012

Atos Centrais, Atos Especiais, Catequeses, Vigília e Missa de Envio. Alguns desses termos podem não ser tão conhecidos, mas eles compõem o vocabulário básico da programação que tem sido feita nas Jornadas Mundiais da Juventude.

A programação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013 também deverá seguir o mesmo padrão. Ela estará dividida em uma sequência de atos centrais, culturais e especiais. A agenda oficial, com horários, ainda não foi divulgada.

"Os atos centrais são a coluna dorsal da Jornada", explicou o coordenador geral do Comitê Organizador Local (COL), monsenhor Joel Portella Amado. "Acontecem, em geral, com a participação do Papa".

A primeira grande cerimônia da JMJ Rio2013 é a acolhida com o arcebispo local, Dom Orani João Tempesta, no primeiro dia do evento (23 de julho). O peregrino estará chegando e esse é o seu primeiro contato com a Jornada.

Para o arcebispo, a Jornada é um encontro dos jovens com Cristo aqui no Brasil. "Eles vêm como romeiros, como peregrinos", disse o arcebispo. "São pessoas que já caminham nas suas paróquias, nos seus países, nas suas capelas, nos seus movimentos, que são chamados a esse encontro com o Senhor e que se dispuseram a dar esse passo. Eles devem se firmar na fé para voltarem às suas comunidades testemunhando Jesus Cristo, Nosso Senhor e tornando-se aqueles que ajudam a transformar esse mundo para melhor, criando a civilização do amor neste mundo em mudança, neste mundo plural. Portanto, uma grande oportunidade de investir na juventude”.

E completa: “A Jornada tem esse aspecto, que está no espírito de cada jovem, de romeiro - de peregrinação, de ter tempo de oração, tempo de confissão, tempo de caminhada".

Abrindo a Jornada, ocorre a acolhida dos jovens pela Arquidiocese, na Praia de Copacabana. "É um lugar que tem um paradigma da cidade e todo mundo sabe o que significa Copacabana para o Rio de Janeiro enquanto identidade e também tem o nome de Nossa Senhora", afirma o arcebispo. "Então, nós começamos com Maria que nos acolhe, Nossa Senhora de Copacabana, para depois dar o passo seguinte lá em Santa Cruz, que é justamente a Cruz de Cristo, da JMJ, que acompanha também a juventude, lembrando que esses dois ícones também serão representados nos dois locais”.

Para ele, poder receber os jovens no Rio de Janeiro é dizer da alegria de acolher os que vêm como peregrinos, como missionários. "É realmente um momento em que toda a Arquidiocese deve estar empenhada para que além do bom acolhimento a todos nas suas casas, nos seus locais públicos, nas suas residências, nos salões paroquiais, nas igrejas, possam ter o calor humano de todos os cariocas, de todos brasileiros", disse.

Nos dias 24, 25 e 26 de julho, acontecem as catequeses. "É a parte que aprofunda o tema divulgado pelo Papa", explica monsenhor Joel. "As catequeses são ministradas pelos bispos de vários países para atender todos os idiomas". Os nomes desses bispos são indicados pelo Pontifício Conselho para os Leigos (que é o Comitê Organizador Central das Jornadas) e deverão ser divulgados 30 dias antes da JMJ. 

Atos centrais

Ainda no dia 25, quinta-feira, é celebrada a cerimônia de acolhida do Sumo Pontífice. "Não é uma missa. É uma liturgia da palavra, um rito de acolhida em que a palavra de Deus é proclamada. O arcebispo dá uma saudação ao Papa, que falará para todos os jovens".

No dia 26, sexta-feira, é realizada a Via-Sacra. "Trata-se de uma antiga tradição da igreja. A Via-Sacra ocorre porque a Jornada é um encontro com Cristo. Então, nos voltamos para o mistério máximo de Jesus que é a sua morte e ressureição", explica o monsenhor.

O atos centrais do final de semana acontecerão na Base Aérea de Santa Cruz. No dia 27, sábado, é a vigília com o Papa, reunindo todos os peregrinos. No dia 28, domingo, será celebrada a Missa de Envio. "Atendendo o lema 'Ide e fazei discípulos entre todas as nações', a missa envia os jovens. A Jornada não acabou. É um ponto de partida. O peregrino volta para casa, anuncia o Evangelho e até a próxima Jornada", concluiu.

Atos especiais

Os atos especiais são aqueles que não fazem parte da Jornada, mas são característicos de cada uma. "Em Madri, o Papa visitou um hospital, a família real", relembra o coordenador. "Aqui no Brasil, a agenda depende ainda de definição da Santa Sé, o que deve sair no final do ano".


 

Daqui um ano, a Jornada!

Estamos a um ano do grande acontecimento que deverá unir o mundo jovem aqui no Rio de Janeiro. Exatamente daqui a um ano estaremos em plena Jornada Mundial da Juventude.

Aos poucos estamos nos preparando! A Cruz das jornadas e o Ícone de Nossa Senhora entregues pelo Papa Beato João Paulo II aos jovens já percorreram mais da metade do país, com belas e solenes manifestações por onde passaram. Esses símbolos não só nos preparam para a Jornada, mas estimulam a participação e o protagonismo jovem na Igreja e na Sociedade.

Já temos a Logomarca e a Oração Oficial divulgadas. Estamos ultimando a escolha do Hino Oficial. As inscrições para o voluntariado continuam e estamos quase atingindo a meta. Muitos voluntários já estão exercendo a sua missão aqui e no exterior. Sente-se uma grande alegria nesses jovens em poder colaborar com esse momento ímpar: a segunda Jornada na América Latina, 25 anos após a de Buenos Aires! Os jovens sabem de sua importância para a sociedade e querem exercê-la com generosidade e responsabilidade.

O Rio de Janeiro, que continua lindo, está de braços abertos para receber todos. As paróquias e casas religiosas se movimentam napreparação e captação de locais para a hospedagem de tantos que estão se preparando para celebrar esse momento em terras cariocas. Brasileiros e estrangeiros serão todos cidadãos cariocas de 23 a 28 de julho do próximo ano.

Esta cidade, especialista em receber bem, como é a sua marca registrada – o Cristo Redentor de braços abertos – também se rejuvenescerá com a vinda de tantos jovens de etnias e línguas diversas. Será o maior evento desses últimos tempos nesta cidade maravilhosa. 

O Comitê Organizador da Jornada está a pleno vapor. São pessoas responsáveis em planejar todos os detalhes possíveis, para que tudo esteja preparado daqui a um ano. Nossos relacionamentos com as autoridades do município, do estado e federal nos ajudam a procurar os melhores caminhos para a logística, deslocamento, acomodação, celebração desse momento.

Os eventos se multiplicam no Rio de Janeiro e nas paróquias de todo o Brasil. A colaboração com a nossa Conferência Episcopal, principalmente com a Comissão para a Juventude, tem sido rica e importante para uma bela continuidade desse trabalho inicial. Temos certeza de que após a Jornada muitos valores essenciais para a vida da pessoa humana estarão presentes em nossa sociedade plural.

As várias empresas que estão investindo e acreditando na juventude sabem que estão ajudando a construir um futuro melhor. Sabem também do grande retorno financeiro que um evento desse porte traz para a economia do país. As estatísticas das outras jornadas demonstram com clareza a importância para o país que a recebe.

Mas, sem dúvida, o mais bonito é você poder olhar no rosto de nossos jovens, felizes e alegres pela importância que assumem, e vê-los disponíveis para atuarem com responsabilidade no hoje de nossa sociedade. Sem dúvida, aqui iremos ver o verdadeiro empenho pelos jovens e a esperança na construção da civilização do amor.

Esse grande encontro da juventude sempre teve a presença do sucessor de Pedro, o Papa. Serão momentos importantes também para o Brasil e para a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. O contágio do bem deverá levar muitos outros jovens a valorizarem o bem e o belo para sempre bons!

A Jornada Mundial da Juventude também terá legados sociais, como a preocupação, educação e acolhimento para ajudar na questão da dependência química, além da procura de trabalhar com responsabilidade ecológica. A valorização de todas as regiões da cidade também faz parte desse trabalho, levando os olhos de todos a se voltarem para todos os lados dela e ver as suas diferentes belezas.

 Os patronos e intercessores da JMJ, já escolhidos e divulgados, demonstram que em todas as épocas e em todos os continentes jovens foram protagonistas de novas civilizações, grandes empreendimentos e deram exemplo de vida digna e fraterna. Se isso foi possível no passado também é possível hoje.

Estejamos atentos em apoiar a nossa juventude e anunciar a nossa confiança em todos os jovens. Um país que os valoriza, sem dúvida está construindo um futuro melhor.

Assim como a sentinela que vê a manhã chegar, que eles sejam os anunciadores do sol que nasce iluminando a nossa manhã do amanhã.

Feliz Jornada Mundial da Juventude a todos!

 

† Orani João Tempesta, O. Cist.

 

 Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro


 Lema da Jornada

Ide e fazei discipulos entre todas as nações (Mt 28,19)

“A Jornada Mundial da Juventude em Madrid renovou nos jovens o chamado a serem o fermento que faz a massa crescer, levando ao mundo a esperança que nasce da fé. Sede generosos ao dar um testemunho de vida cristã, especialmente em vista da próxima Jornada no Rio de Janeiro”.

Essa convocação foi feita pelo Papa Bento XVI no anúncio do lema da Jornada Mundial da Juventude Rio2013: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19), durante a audiência geral no dia 24 de agosto.

Na ocasião a catequese foi dedicada a JMJ 2011, que havia terminado no dia 21 do mesmo mês. Bento XVI recordou com carinho a participação e a alegria dos cerca de dois milhões de jovens em Madrid, ao que ele chamou de “uma formidável experiência de fraternidade, de encontro com o Senhor, de partilha e de crescimento na fé: uma verdadeira cascata de luz.”

Por isso é tão importante que os jovens do Brasil e do mundo assumam desde agora esse chamado à missão e participem da Jornada como testemunhas vivas do Cristo.

Para o padre Geraldo Dondici Vieira, diretor do Departamento de Teologia da PUC-Rio, esse é um lema para ser guardado no coração, refletido e meditado. “Esse tema, de fazer discípulos, de chamar outros discípulos para a comunhão e o convívio com o Senhor, é o tema mais querido do Evangelho de Mateus. Esse mandato, essa missão já está anunciada em todo o Evangelho. E, na verdade, só faz discípulo quem já é discípulo, quem convive com o Senhor”, afirmou o sacerdote.

Padre Dondici ressalta que esse testemunho e o próprio anúncio do Cristo, são grandes desafios pra juventude, que vive em um mundo plural, com milhares de informações, seja através das escolas, lazer, internet, especialmente no contato com as redes sociais, como o facebook, twitter: “Com essas mil participações, ele, jovem discípulo, é chamado a plantar no coração de quem ele encontrar, com quem ele se comunicar, o desejo de ser discípulo de Jesus”.

“O que ganha o discípulo de Jesus? Ganha a pertença ao reino, ganha a certeza do amor de Deus, ganha a certeza de ser para os outros sinal de misericórdia e de amor. Ganha o levar e doar a paz do Senhor. São esses frutos e dons que o mundo muito precisa. O perdão, a misericórdia, a paz é que irão diminuir na sociedade, no mundo de hoje, a violência, a guerra, a corrupção, a maldade, tudo aquilo que tira a possibilidade do jovem crescer e colocar toda a sua riqueza e vitalidade a serviço da humanidade”, afirmou.”

No mandato final do texto de Mateus – “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” –, explicou o padre, está um grande sonho antropológico de todos, de que o contato com o Senhor, a amizade com Ele, desperte o que cada um tem de melhor em si mesmo.

“Vivemos em um mundo onde há muitos desperdícios, perdas humanas, por falta de chance. O convívio com o Senhor desperta o que temos de melhor. O anúncio ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’ é um anúncio para a vida toda. Em nenhum momento podemos fazer um intervalo dele, porque ele supõe que aquele que é amigo do Senhor, pela sua vida, pelo seu estar no mundo, comunique aos outros a luz, a beleza e a alegria de ser discípulo do Senhor. Essa é a missão que a nossa Igreja precisa.

Fonte: RIO 2013